Artigos sobre cultura em geral combinados com dicas de looks para todos os gêneros, faixas etárias e tipos físicos. Curiosidades e informações sobre o mundo da moda e outras culturas. Agregando valor não só ao seu guarda-roupa!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pensamento: Sêneca




If one does not know to which port one is sailing, no wind is favorable. 
Sêneca

(Se não soubermos para que porto estamos velejando, nenhum vento é favorável)

Sêneca foi um célebre pensador do império romano. Apesar de ser rico, vivia modestamente. Dizia que o sábio não estava obrigado à pobreza, desde que o seu dinheiro tivesse sido ganho de forma honesta. No entanto, devia ser capaz de abdicar dele.
Sêneca via-se como um sábio imperfeito: "Eu elogio a vida, não a que levo, mas aquela que sei dever ser vivida." Os afetos (como relutância, vontade, cobiça, receio) devem ser ultrapassados. O objectivo não é a perda de sentimentos, mas a superação dos afetos. Os bens podem ser adquiridos, à condição de não deixarmos que se estabeleça uma dependência deles.

Falar “errado” está na moda!


Nas últimas semanas muita gente falou a respeito do novo Livro Didático de Língua Portuguesa. Isso porque o livro traz um tópico interessante e aparentemente muito polêmico: A questão da língua culta, a escrita e a falada pela população em geral. O problema surgiu quando muitas pessoas (jornalistas, críticos e simpatizantes) começaram a questionar o conteúdo do livro. Afinal, a escola não pode e não deve ensinar a falar errado!
Antes de discorrer a respeito, devo dizer que muito do que vou escrever aqui foi baseado nos textos Uma Pequena reflexão sobre a Língua de Beatriz Pires Santana (http://www.facebook.com/notes/beatriz-pires-santana/uma-pequena-reflex%C3%A3o-sobre-a-l%C3%ADngua/209675619072299), Polêmica ou Ignorancia de Marcos Bagno (http://marcosbagno.com.br/site/?page_id=745) e no livro A Língua do Brasil amanhã e os outros Mistérios do Marco Perini. Pois bem! O que é falar errado? A língua falada deve ser diferente ou não da escrita? Oras, você aí que gosta de moda diria que existem diferenças entre a roupa usada nas passarelas e as usadas nas ruas? É claro que sim! São dois mundos relacionados, com certeza, mas radicalmente distintos. Não faria sentido então dizer que uma está certa e a outra (coitada!) errada. Acredito que são contextos diferentes.
Logo, dizer que o Português certo é o escrito e o falado é errado faz pouco sentido. A escrita é muito mais que uma representação gráfica da fala que, por sua vez não está necessariamente ligada à escrita. Uma criança de quatro anos já é em geral fluente em sua língua materna, se comunica perfeitamente bem e nem pensa ainda em escrever!
Além disso, existe certo preconceito ao ir contra as regras gramaticais que, aparentemente estão cristalizadas em um pedestal de ouro e ninguém deve questioná-las! O que em geral não percebemos é que saber “gramática” não é conhecer um idioma. Isso é só estudar gramática. O que quero dizer é que muitas estruturas e palavras que usamos hoje e são consideradas corretas (inclusive nos dicionários) são resultados de alterações causadas ao longo do tempo, pela etimologia popular. As formas “pra mim fazer” ou “as menina vão lá” são aceitáveis do ponto de vista comunicativo. Por que o livro de gramática diz que isso está errado? A gramática é um estudo de hipóteses sobre um idioma e hipóteses podem (e devem) ser contestadas! A língua está em constante movimento e assim como na moda, conceitos de “certo e errado/bonito e feio” mudam com o tempo!
Falar “errado” está na moda! Oba!

domingo, 29 de maio de 2011

Hicoulture-se sobre o Jeans


Esse assunto vai render alguns posts. Vamos começar com um pouco de história sobre este que é o item que não pode faltar no guarda-roupa de ninguém.
Muita gente pode saber que o primeiro jeans foi feito por Levi-Strauss, mas possivelmente não sabe de onde surgiu a sua ideia.
Durante o século XIX, acontecia nos Estados Unidos a corrida pelo ouro. Os mineradores trabalhavam incessantemente e precisavam de roupas que fossem resistentes para o trabalho pesado das minas. Em 1853, o jovem judeu alemão Levi-Strauss foi ao velho oeste americano vender lona para cobrir as carroças dos mineradores, mas não encontrou demanda para o seu produto diante de um mercado já saturado. Teve então a incrível ideia de levar um dos trabalhadores ao alfaiate e, com o tecido que não conseguiu vender, confeccionou uma calça altamente resistente.
Logo as calças feitas com lona se espalharam entre os mineradores. No entanto, esse material era muito rígido e desconfortável, o que fez Strauss buscar um tecido mais flexível, porém de igual resistência. Foi como chegou ao “denim”, tecido que vinha da região “de Nîmes”, na França. Usado pelos marinheiros Genoveses, apelidados de “genes” pelos franceses e em seguida de “jeans” pelos americanos, o tecido fez sucesso imediatamente. A cor azul veio só depois, em 1890,  quando Strauss decidiu tingir as peças com o corante de uma planta chamada Indigus, dando a cor pela qual o jeans é hoje conhecido. Foi uma estratégia para transformar a sua criação em uma peça mais atraente. 

Os bolsos traseiros só foram inseridos em 1910. 
As famosas tachinhas de cobre nos bolsos vieram para dar mais durabilidade e ainda mais resistência, uma vez que não resistiam ao peso à que eram submetidos. Quem teve a ideia deprender os bolsos com os mesmos rebites que eram usados nas correias para cavalos foi o fabricante de capas para equinos Jacob Davis, que viria a tornar-se sócio de Levi-Strauss no empreendimento.
Depois disso outros trabalhadores começaram a usar a peça para as tarefas que exigiam maior força física.
Foi somente a partir do século XX, mais precisamente na década de 30, que o jeans começou a se popularizar, Passou a ser usado pelos cowboys norte-americanos, quando apareceu em filmes que retratavam o clima western, que se tornou moda. 

Durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados norte-americanos usavam uniformes confeccionados com o tecido, dando ao denim uma imagem de virilidade. Após a vitória dos Aliados, o jeans se espalhou pelo continente Europeu.
Na década de 40, os cowboys do asfalto montavam suas motos Harley-Davidson trajando o jeans. Mas foi na década de 50 que o jeans se transformou em símbolo de rebeldia, quando, no filme Juventude Transviada, o ator James Dean, no papel do jovem e rebelde Jim Stark, apareceu usando a combinação clássica: calça jeans e camiseta branca. 
James Dean


Além de Dean, Marlon Brando e Elvis Presley contribuíram para que o artigo se disseminasse entre os jovens da época, que teve sua imagem intrinsecamente ligada ao rock. 
Marlon Brando
A imagem rebelde do jeans se tornou tão forte, que o traje passou a ser proibido nas escolas e em lugares como cinemas e restaurantes. Logo depois, novas modelos, como Marylin Monroe, usavam o jeans com um apelo sensual.
Marilyn Monroe
Depois de James Dean e Marlon Brando, vieram os Beatles, Bob Dylan e Jimi Hendrix, e o jeans continuou se colocando como peça principal do visual jovem. 
Beatles
Na década de 70, com a guerra do Vietnã, surgia um novo grupo, cujos ideais eram baseados na busca pela paz. Os hippies americanos adotaram o jeans como peça essencial do visual largado e mais uma vez ele se tornou parte de uma cultura jovem. Foram os hippies que introduziram a idéia de customização das peças, feitas por meios artesanais e logo em processos industriais. Ele havia entrado de vez para o vestuário, como uma peça funcional e barata, sempre ligado a um símbolo de juventude. 

Na mesma época o jeans inicia sua globalização e se insere na indústria européia, que transformou a aprimorou o design e o acabamento, se tornando grande referência na produção do artigo na indústria da moda. 

O primeiro estilista a colocá-lo na passarela foi Calvin Klein, em 1970, fazendo com que o produto chegasse a todas as classes sociais.
Brooke Shields em campanha para a Calvin Klein


Aliás este é o seu grande trunfo: a inclusão social. Tanto um simples operário quanto pessoas ricas o utilizam. O jeans ainda ganhou outro público depois da inclusão do elastano em sua composição, dando o caimento perfeito tão apreciado pelas mulheres.
Antes dos anos 80, no entanto, era muito desconfortável, pois chegava ao consumidores sem nenhuma lavagem e engomado. Esse desconforto só desaparecia após algumas lavagens domésticas.
Foi justamente nessa época que as lavanderias industriais surgiram e foram responsáveis por desengomarem e amaciarem o jeans. Com a criação do “stone wash”, nome conferido ao uso de pedras no processo, as calças passaram a ter um efeito envelhecido, permitindo assim criar vários tons de azul. Jeans claros e escuros, pela primeira vez, andavam lado a lado nas ruas. Já as rasuras são produzidas com ferramentas de construção, como por exemplo, a esmerilhadeira.
O jeans atravessou o século XX sofrendo incessantes transformações, resistindo às tendências e modismos, propagando estilos e comportamentos e se tornando o maior fenômeno já visto na história da moda, um acontecimento sem precedentes. 

O jeans transcende a moda, e talvez já não possa ser denominado como tal; está acima dela, pois, embora sofra alterações ao longo do tempo, ele permanece vestindo homens, mulheres e crianças, há 150 anos.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pensamento do Dia: Fernando Pessoa


A ciência de vencer é, contudo, facílima de expor; em aplicá-la, ou não, é que está o segredo do êxito ou a explicação da falta dele.
Para vencer — material ou imaterialmente — três coisas definíveis são precisas: saber trabalhar, aproveitar oportunidades, e criar relações. O resto pertence ao elemento indefinível, mas real, a que, à falta de melhor nome, se chama sorte.
Não é o trabalho, mas o saber trabalhar, que é o segredo do êxito no trabalho. Saber trabalhar quer dizer: não fazer um esforço inútil, persistir no esforço até o fim, e saber reconstruir uma orientação quando se verificou que ela era, ou se tornou, errada.
Aproveitar oportunidades quer dizer não só não as perder, mas também achá-las.
Criar relações tem dois sentidos — um para a vida material, outro para a vida mental. Na vida material a expressão tem o seu sentido direto. Na vida mental significa criar cultura. A história não registra um grande triunfador material isolado, nem um grande triunfador mental inculto. Da simples "vontade" vivem só os pequenos comerciantes; da simples "inspiração" vivem só os pequenos poetas. A lei é uma para todos.
A Economia em Pessoa – Fernando Pessoa


Falta de Bunda: como disfarçar

Esses dias estava conversando com uma amiga minha, que não tem bunda, e percebi o quanto é difícil esse negócio de tentar valorizar os pontos fortes e disfarçar os fracos. Além de bunda achatada, essa minha amiga tem o quadril largo. Aí é que inicia a dificuldade, precisamente entre a traseira e a lateral de uma mulher. Se pensarmos só na questão “bunda achatada”, sem considerarmos mais nenhuma variável, o problema fica facilmente resolvível. É só usar peças da cintura para baixo que criem volume. Pronto, fácil. Só tem um  porém: para a mulher que tem o quadril largo, criar volumes extras é justamente o que devemos evitar. É por isso que não gosto de classificar os tipos físicos em triângulo, triângulo invertido, retângulo e por aí vai. Essa geometria estética nem sempre dá certo. Principalmente porque não leva em consideração nem bunda e nem pernas.

Voltando ao caso da minha amiga, é preciso achar um meio termo. Como se fossemos fazer um bolo para a qual não temos a receita explicadinha tim tim por tim tim. A diferença é que no caso de escolher uma roupa é mais fácil. Podemos colocar um ingrediente, tirar outro e trocar um por um outro caso não dê certo. Até acharmos a medida certa. É desta forma que conseguimos vestir pessoas de todos os tipos físicos: sem receita alguma e com muita imaginação e bom senso. Se você precisa criar volume em uma parte do corpo, por exemplo, e tirar de outra, a ideia é combinar dois elementos: um que aumente e outro que diminua.

Exemplos de aumentadores:
Cores Claras
Pregas
Babados
Trabalhos no tecido
Brilhos
Estampas com fundo Claro
Contraste de cores (a mais clara para onde deseja-se aumentar e a escura para onde deseja-se diminuir)

Exemplos de diminuidores:
Cores Escuras
Corte Retos
Estampas com fundo escuro
Contraste de cores (a mais clara para onde deseja-se aumentar e a escura para onde deseja-se diminuir)

Assim, uma mulher de quadril largo e sem bunda pode optar por saias de paetê desde que sejam de caimento reto e, de preferência, de cor escura. Ou ainda, usar uma saia preta com um trabalho no tecido.

saia Balmain: brilho (aumentador) + caimento reto (diminuidor)

Vamos então falar dessa difícil realidade a ser enfrentada (especialmente no Brasil): a falta de bunda.
Se o seu problema for só a falta de bunda, a solução fica mais fácil. É só abusar de volumes, babados e pregas e fugir de roupas muito aderentes ao corpo.

Prefira calças com bolsos atrás ou qualquer outro adorno que torne a parte traseira do corpo mais volumosa (trabalhos no tecido, pregas, bolsos).

Rag & Bone

Agora, se você, como minha amiga, tiver outros problemas com os quais se preocupar, minha dica é que leia as dicas para as características que pretende disfarçar e escolha opções em comum, que não briguem entre si.
Por exemplo, se os problemas forem “bunda achatada” e “quadril largo, fuja dos babados e volumes (a não ser que sejam sutis) e prefira calças sociais retas, que não marquem os glúteos (de tecidos mais leves e maleáveis) e que tenham um bom caimento, sem gerar sobras de tecido.
Outra dica em comum é usar blazers e blusas mais longos.
A decisão mais adequada não é abolir certas peças de roupa do seu armário, mas usá-las da melhor maneira possível. É isso que permite à mulher sem bunda e de quadril largo usar saias de pregas ou babados. Usando uma tal saia em uma cor escura, o look está permitido. O que não pode é querer usá-la em uma estampa de flores pink com fundo branco.

Saias longas soltinhas ou mais curtas retas também caem bem neste tipo de corpo.

Preferir:

  • Saias com babados, pregas e trabalhos no tecido; ou então, saias retas, mas nunca muito justas (que acentuam a forma que estamos tentando disfarçar). Se tiver o quadril largo, opte por só um pouco de volume (como um trabalho no tecido ou pregas) e prefira as cores escuras.
  • Saias longas e soltas (se tiver o quadril largo, evite cores claras)
  • Calças de caimento bom (depende do tecido e da modelagem), que não permitam sobras no tecido
  • Paletós e blusas mais longos (que podem ser usados com calças/saias mais justas)
  • Cintos soltos sobre o quadril
  • Cintura mais baixa
Evitar:

  • Calças de tecidos rígidos (que fazem um efeito de fralda quando não conseguem  preencher a “poupança” ou a falta de)
  • Roupas muito justas, que fiquem muito coladas no corpo (a não ser que sejam usadas com casacos mais longos ou blusas compridas)
  • Saias ou calças justas com blusas por dentro
  • Blazers curtos

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Como engrossar as Pernas

Continuando as dicas sobre como valorizar pontos fortes e disfarçar pontos fracos de acordo com o seu tipo físico, neste post dou sugestões para quem tem como objetivo engrossar as pernas muito finas. Lembrando que os objetivos podem variar de um dia para o outro. Um hora a pessoa de pernas grossas pode querer mostrá-las e outra hora pode preferir deixá-las mais finas e alongadas. 

O mais importante, como já comentei no post anterior, é usar os benefícios da ilusão ótica a seu favor.

Evitar:
                calças e meias-calças muito escuras (que afinam mais as pernas) e coladas no corpo, a não ser que sejam brilhantes ou estampadas
                cores escuras na parte inferior do corpo, a não ser com saias/shorts bufantes ou outros itens que aumentem o volume
                qualquer peça de roupa que tenha um volume muito grande e acabe deixando as pernas proporcionalmente ainda mais finas
          calças skinny sem botas e usadas com parte de cima justa e curta.











Preferir:  
                cores claras da cintura para baixo
                 meias-calças com detalhes (rendadas, arrastão, estampadas); se quiser usar uma meia escura, uma dica é usar uma de cor clara por baixo
                calças boot cut (levemente abertas embaixo), pantalonas ou justas em baixo do joelho e larguinhas do joelho pra cima
                saias rodadas (abuse das longuíssimas) e shorts bufantes
                sapatos com amarrações no tornozelo ou na canela
                polainas por cima das calças e meias-calças; jeans desgastados (com aquele efeito mais claro no centro das pernas)
                se quiser usar calças skinny, optar por uma bota de cano longo (de preferência aquelas volumosas com amarrações ou mais larguinhas tipo cawboy).
                abusar de brilhos na parte de baixo do look (aquelas leggings brilhantes ficam ótimas para quem tem esse tipo de corpo)

Calças, saias (justas, rodadas, curtas, longas), pantalonas, nao importa. O importante é ser de uma cor clara para causar o efeito visual de aumentar as pernas.



As calças só não podem ser muito justas. Se quiser usar uma skinny, prefira colocá-la com botas de cano alto. Isso cria volume na parte inferior das pernas. Aqui todo volume é bem vindo, seja no comprimento todo da perna (pantalonas), somente na parte de cima (bolsos avantajados) ou somente na parte de baixo (flares ou bootcuts). 
Se não quiser usar botas de cano longo, uma alternativa para disfarçar a perna fina é usar um blazer ou colete comprido por cima. 








Acredito que não devemos ser taxativos sobre o que podemos usar ou não. Para ilustrar esse pensamento, falemos sobre a cor preta. Diz-se que devemos usar cores claras para aumentar as proporções e escuras para diminuí-las. Assim como escrevi no post sobre pernas grossas, acho que essa afirmação é relativa. As mulheres de perna grossa podem sim usar cores claras, desde escolham a modelagem adequada ao seu corpo. Da mesma forma, mulheres de pernas finas podem usar cores escuras. Portanto o preto está liberado desde que esteja presente em saias rodadas, pantalonas, meias-calças estampadas ou arrastão e botas de cano alto. Outra dica é usar o preto misturado com cores mais claras. Esta é mais uma tática  para causar a ilusão de aumento no visual. 

Brilhos e detalhes nas meias e calças são sempre bem-vindos. 

Abuse das saias longas, que escondem tanto pernas finas quanto grossas. As sobreposições também funcionam bem para este tipo de corpo, especialmente se as mulheres forem bem magrinhas. 


Falando em saias, as rodadas estão liberadas. Aliás as únicas que não são indicadas são aquelas muito curtas que só evidenciam o problema. A não ser que sejam usadas com um meião bem grosso (de preferência claro) ou com texturas/detalhes (tipo arrastão). Se combinadss com uma bota de cano longo então, melhor ainda. 


Estampas (de preferência grandes) também fazem as pernas aparentarem mais grossas. 





Ufa, ficou maior do que eu esperava. Espero que as dicas sejam úteis! 


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Color Blocking e Joan Miró

MA tedência color blocking é caracterizada pela mistura de cores que, a principio, não parecem combinar entre si. A idéia é soltar a imaginação mesmo. Por incrível que pareça, muitas vezes dá certo. Uma vez me falaram que o roxo era uma cor que combinava com todas as outras. Relutei um pouco em aceitar, mas confesso que fiz alguns testes e não é que o roxinho básico combina com quase tudo mesmo!
Outras sugestões menos radicais: 
  • roxo + cinza (outra cor que combina com tudo)
  • roxo + pink
  • roxo + amarelo
  • roxo + marrom

Quem usou e abusou desta tendência, ainda na coleção primavera verão 2011, foi Jil Sander.

Combinação de cores: 

Roxo + Vermelho
Laranja + Roxo
Vermelho + Rosa + Laranja
Verde + Azul + Roxo

“Hi Coulture-se”






Para adicionar uma pitadinha cultural no assunto, escolhi alguns quadros de Joan Miró para ilustrar a tendência do color blocking. 

Vermelho + Azul

Uma breve introdução ao pintor: 

Joan Miró

Joan Miró i Ferrà foi um importante escultor e pintor surrealista catalão que viveu entre 1893 e 1983 (notaram alguma semelhança entre as datas?).
Em sua pintura procurava mostrar a realidade de uma forma simplificada, quase infantil, simbólica, sem a complexidade e mistério dos outros surrealistas Salvador Dali ou René Magritte. Miró soube criar uma linguagem estética própria e única, completamente desconhecida até então. Nos seus quadros abandonou a sensação de profundidade e a consequente hierarquização dos elementos estruturantes, marca inconfundível da pintura clássica. Tendo libertado a composição de um centro dominante e, desintegrando assim a noção de unidade da tela, Miró fez da sua obra uma pintura viva e replete de emoções.



Essa forma interpretativa através de símbolos preenche completamente grande parte dos seus quadros, onde tudo é mostrado unicamente através de traços, símbolos e sugestões. Para compreender Miró é preciso imaginação mas isso não o diferencia da maior parte dos artistas. Não há como compreender verdadeiramente as coisas sem um pouco de imaginação e criatividade, especialmente se estivermos falando de arte, essa coisa sem limite e sem regras universais. Alguns quadros não foram feitos para se ver mas para se viver.

Eu sempre achei a experiência artística muito individual, prenscindível de explicação. Explicar a moda, a pintura, a escultura ou qualquer outra forma de arte, para mim surte o mesmo efeito de uma piada explicada. Ou se entende ou não se entende. Ou se gosta ou não se gosta.
Tenho que dizer que muitas vezes até acho um determinado quadro menos interessante justamente por causa de sua explicação.
Para quem gosta de interpretar, as cores vibrantes nas pinturas de Miró significam o otimisto (alegria, esperança) e o preto, o pessimismo (temor, preocupação). No quadro Maternidade, por exemplo, existe todo um trabalho de decifrar os símbolos. 
Quadro Maternidade, de Joan Miró

Então vamos lá. Usando poucos elementos, o pintor quis aqui transmitir a idéia de maternidade em um dos maiores desafios de redução simbólica de toda sua obra. A mulher é representada pelos elementos colocados nos extremos de dois eixos. Um desses eixos une a cabeça a um grande esquadro arredondado, que simboliza o ventre e o sexo feminino. O outro eixo liga um seio desenhado de perfil com outro visto frontalmente. 
Tenho impressão de que ficaria mais a vontade olhando para um esquadro arredondado do que para um ventre feminino pendurado na minha sala de estar (isso pressupondo a improvável hipótese de um dia ser possuidora de um  Miró).


Produção de hoje, inspirada na tendência color blocking:




Blazer: Gant
Bolsa: brechó em Londres
Echarpe: brechó em Paris
Calça: Diesel
Botas: Ferri


Outras combinações: 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Look Balada


Saia: All Saints Londres
Blusa: Siberian
Brincos e anel: Espanha
Pumps (sapatos): Via Uno

Look Irmãs Cadenassi

O look de Fabi Cadenassi é perfeito para quem quer engrossar as pernas (cores claras aumentam a silhueta). O detalhe quadriculado nos punhos dá um charme à simplicidade da camisa. Para dar mais casualidade ao look, reparem como Fabi coloca a camisa por dentro na frente (para aparecer o cinto) e por fora atrás.

Camisa: Abercrombie & Fitch
Calça: Diesel
Cinto: não lembra
Bolsa: Louis Vuitton
Sapatos: Santa Lola



O look escolhido por Bela Cadenassi propõe fazer justamente o contrário do modelo usado pela irmã. A meia opaca e escura, da mesma cor do sapato de salto alto, afina e alonga as pernas. Os colares longos intensificam ainda mais a tentativa de alongar o corpo. Além de darem uma graça ao visual todo preto. O modelo soltinho do vestido é adequado a ambientes de trabalho mais formais, como por exemplo o setor bancário.

Vestido: M Officer
Sapatos: Schutz
Acessórios: brechó em Milão

domingo, 15 de maio de 2011

Pensamento do Dia: Emily Dickinson


"If I read a book and it makes my whole body so cold no fire can ever warm me, I know that is poetry"
Emily Dickinson
(Se eu leio um livro e ele deixa o meu corpo inteiro tão frio a ponto de nenhum fogo conseguir jamais me esquentar, eu sei que é poesia)

Afinar Pernas Grossas


Diferentes tipos físicos requerem diferentes abordagens na hora da produção. Quando escolhemos um visual devemos prestar especial atenção nos nossos pontos fortes e fracos para poder escolher peças que valorizem o primeiro e disfarcem o segundo. Por isso o Hi Coulture está aqui: para ajudar as pessoas a se vestirem de acordo com seu tipo físico. A nossa primeira dica é para aquelas mulheres que desejam afinar as pernas. Ao longo do tempo daremos sugestões para quem deseja disfarçar outras características.


Resolvi listar as características mais comuns das pessoas sem classificar o tipo de seus corpos nos tradicionais “ampulheta”, “triângulo”, “pêra”, “retângulo” e “oval”. Explico:




Ampulheta é considerada a mulher de cintura mais fina que quadril e ombros; pêra (ou triângulo invertido), a de quadril mais largo que ombros; retângulo, a de ombros da mesma largura do quadril; triângulo, a de ombros mais largos que quadril; e oval, a de cintura mais larga que ombros e quadril.


Só que o problema é que muitas vezes temos outras características que nada tem a ver com a proporção entre ombros, quadril e cintura. Tomemos como exemplo a mulher que tem a panturrilha fina ou a bunda achatada. Como a classificaríamos segundo esses tipos físicos citados acima? Por isso achei melhor fazer uma lista do que preferir e do que evitar de acordo com diferentes objetivos:

-       Engrossar as pernas
-       Afinar as Pernas
-       Dar volume ao bumbum
-       Tirar volume do bumbum
-       Dar volume a panturilha
-       Tirar volume da panturilha
-       Afinar a silhueta (mulheres acima do peso)
-       Disfarçar seios grandes
-       Difarçar seios pequenos
-       Disfarçar a celulite
-       Disfarçar ombros largos
-       Diminuir o tronco muito longo

Além disso, darei dicas de como se vestir em diversas ocasiões, mais precisamente: trabalho, balada, look diurno, look noturno. Também daremos especial atenção às mulheres acima de 40 anos. Afinal, nesta faixa etária, devemos nos vestir com looks que escondam os pontos fracos (geralmente pescoço e braços), sem sacrificar a jovialidade. Comecemos com o objetivo “afinar as pernas”.








Característica: PERNAS MUITO GROSSAS
Preferir:
  • cores escuras da cintura para baixo; meias-calças sem estampas/texturas; 
  • saias na altura do joelho ou longas levemente evasê (curtas só com meias escuras ou combinadas com peças que chamem a atenção para o colo ou pescoço); 
  • calças retas; peças da cintura para cima coloridas (que chamem a atenção para a parte de cima do corpo); 
  • salto alto (deixa o corpo mais longilíneo); 
  • cor do sapato parecido com o tom da pele; 
  • calças de cintura alta (inclusive pantalonas) e modelagem reta (nunca muito justas);
  • decote tomara que caia (valoriza os ombros e tira a atenção das pernas); 
  • cintos e faixas que marquem a cintura (usados com vestidos amplos ou de modelagem reta);
  • jeans escuros
  • calças saruel e boyfriend (que por não aderirem ao corpo, não marcam os eventuais defeitos); 
  • look monocromático (alonga a silhueta pois não divide o corpo em blocos de cores).
Para quem quer afinar as pernas, a cor escura ajuda a dar uma alongada na silhueta. Mas isso não quer dizer que seja proibido usar cores claras da cintura para baixo. O importante é saber aplicar a ilusão de ótica a seu favor. Se estiver com vontade de usar branco por exemplo, a mulher de perna grossa pode escolher uma calça reta ou levemente aberta embaixo e um blazer acinturado. Os looks monocromáticos também ajudam a afinar.
Outra dica é evidenciar o colo através de decotes, mantendo a parte de baixo do corpo mais neutra através de uma modelagem reta e na altura dos joelhos. O decote em forma de V favorece esse formato de corpo, pois dá a impressão de alongar o corpo.












Evitar: 
  • peças da cintura para baixo muito justas ou com muitos detalhes (meias-calças arrastão, calças cheias de bolsos) ou estampas (inclusive listras); 
  • shorts e bermudas bufantes; 
  • tecidos muito finos e transparentes na parte de baixo; 
  • sapatos com amarrações no tornozelo ou na canela